INTERNACIONAL
Presidente eleito do Chile detalha
suas propostas para o futuro do país
Sebastián Piñera disse que pretende reviver uma “democracia dos acordos”
Presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, ao lado de sua mulher, Cecilia, a caminho de sua casa
Em uma coluna publicada hoje pelo jornal El Mercurio, Piñera recordou que na década de 1990, após a ditadura, o Chile já passou por uma transição pacífica e exemplar, que permitiu um dos períodos de maior prosperidade e desenvolvimento de nossa história.
A chamada "democracia dos acordos" foi proposta por partidos políticos após a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), com o objetivo de deixar para trás o "pinochetismo", dando início a um governo de unidade, comandado por Patricio Aylwin, primeiro presidente eleito democraticamente após o regime militar. Piñera disse:
- Não há nenhuma razão para que, 20 anos depois, não possamos reeditar um clima de entendimento e respeito mútuo que nos permita resolver os problemas que angustiam a vida de tantos compatriotas e aproveitar as enormes oportunidades que temos em frente.
Segundo Piñera, sua proposta abrange ainda um governo e uma oposição que, a partir de suas próprias convicções e valores, atuem com a sabedoria necessária para antepor os interesses permanentes do Chile e dos chilenos acima de qualquer outra consideração.
- Pelo contrário, para ter uma política vigorosa e de qualidade é fundamental que cada um cumpra plenamente a função que lhes é própria: governar no caso do primeiro; fiscalizar com rigor e propor alternativas no caso da segunda.
Ainda na mesma publicação, o empresário disse ainda que suas metas são audaciosas e deverão unir e não dividir os chilenos.
- Em minha opinião estas metas são basicamente cinco: superar a pobreza e as desigualdades excessivas, recuperar a capacidade de crescimento e criação de empregos, começar a ganhar a batalha contra o crime e o narcotráfico, e melhorar de verdade a qualidade e a equidade da saúde e da educação.
No próximo mês de março, Sebastián Piñera, considerado um dos homens mais ricos do Chile, encerrará um ciclo de governos da Concertação para a Democracia (aliança formada por partidos de centro-esquerda), que não conseguiu eleger seu candidato nas últimas votações. O governista Eduardo Frei obteve 48,39% dos votos contra 51,60% de Piñera.
Do R7.COM
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