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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Na Paraiba

Atualizado em 04 de agosto de 2010

Pesquisa revela número da violência contra a mulher na Paraíba

Violência contra a mulher
Os relatos de ameaça e a não dependência financeira de seus agressores são os principais destaques do perfil da violência doméstica da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). Os dados são inéditos e correspondem aos atendimentos de janeiro a junho deste ano. Nesse período, o Ligue 180 registrou 343.063 atendimentos - um aumento de 112% em relação ao mesmo período de 2009 (161.774).
As ameaças foram verificadas em 8.913 situações. É a segunda maior manifestação de crime relatado pelas cidadãs que acessam a Central, precedida apenas pelo crime de lesão corporal. Das pessoas que entraram em contato com o serviço, 14,7% disseram que a violência sofrida era exercida por ex-namorado ou ex-companheiro, 57,9% estão casadas ou em união estável e em 72,1% dos casos, as mulheres relatam que vivem junto com o agressor. Cerca de 39,6% declararam que sofrem violência desde o início da relação; 38% relataram que o tempo de vida conjugal é acima de 10 anos; e 57% sofrem violência diariamente. Em 50,3% dos casos, a mulheres dizem correr risco de morte. Os crimes de ameaça somados à lesão corporal representam cerca de 70,0% dos registros do Ligue 180. Dados da Segurança Pública também apontam estes dois crimes como os de maior incidência nas Delegacias. O percentual de mulheres que declaram não depender financeiramente do agressor é de 69,7%. Os números mostram que 68,1% dos filhos presenciam a violência e 16,2% sofrem violência junto com a mãe.
“A voz de uma mulher que reporta estar sendo ameaçada tem de ter credibilidade. Pois só a vítima é quem tem a real dimensão do risco que corre”, declarou a subsecretária Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, da SPM, Aparecida Gonçalves.
Ranking nacional - Em números absolutos, São Paulo lidera o ranking com 47.107 atendimentos, seguido pela Bahia com 32.358. Em terceiro lugar aparece o Rio de Janeiro com 25.274 dos registros. A procura pelo Ligue 180 é espontânea e o volume de ligações não se relaciona diretamente com a incidência de crimes ou violência. A busca pelo serviço reflete a um maior acesso da população a meios de comunicação, vontade de se manifestar acerca do fenômeno da violência de gênero, ao fortalecimento da rede de atendimento às mulheres e ao empoderamento da população feminina local.
Tabela

UF LIGAÇÕES UF LIGAÇÕES
SP
47.107
AL
5.722
BA
32.358
RN
5.104
RJ
25.274
PB
4.465
MG
22.951
SC
4.023
PA
17.454
MT
3.957
PR
15.436
SE
3.849
PE
12.213
MS
3.494
RS
11.490
TO
3.156
MA
10.133
RO
1.795
GO
8.939
AM
1.620
DF
7.151
AP
998
CE
7.083
AC
678
PI
6.484
RR
408
ES
5.922
-
-
População feminina - Quando considerada a quantidade de atendimentos relativos à população feminina de cada estado, o Distrito Federal é a unidade da federação que mais entrou em contato com a Central, com 267 atendimentos para cada 50 mil mulheres. Em segundo lugar aparece o Tocantins com 245 e em terceiro, o Pará, com 237.

UF
População Feminina PNDA 2008
Ligações a cada 50.000 mulheres
UF
População Feminina PNDA 2008
Ligações a cada 50.000 mulheres
DF
1.338.000
267
PR
5.463.000
141
TO
644.000
245
PE
4.518.000
135
PA
3.687.000
237
MT
1.474.000
134
BA
7.373.000
219
RO
756.000
119
PI
1.606.000
202
PB
1.965.000
114
SE
1.062.000
181
MG
10.236.000
112
AL
1.633.000
175
SP
21.089.000
112
ES
1.764.000
168
RS
5.584.000
103
AP
311.000
160
RR
203.000
100
RN
1.601.000
159
AC
346.000
98
MA
3.207.000
158
CE
4.349.000
81
RJ
8.314.000
152
SC
3.102.000
65
GO
2.967.000
151
AM
1.716.000
47
MS
1.214.000
144
-
-
-
Lei Maria da Penha - Do total de informações prestadas pela Central (67.040), 50% correspondem à Lei Maria da Penha (33.394). Durante os quatro anos de existência, o Ligue 180 registrou 1.266.941 atendimentos. Desses, 30% correspondem a informações sobre a legislação (371.537).
Tipos de violência - Dos 62.301 relatos de violência, 36.059 correspondem à violência física; 16.071, à violência psicológica; 7.597 à violência moral; 826 à violência patrimonial; e 1.280 à violência sexual, além de 229 situações de tráfico e 239 casos de cárcere privado.
Perfil das mulheres - A maioria das mulheres que ligam para a Central têm entre 25 e 50 anos (67,3%) e com nível fundamental (48,3%) de escolaridade.
Perfil dos agressores - A maioria dos agressores têm entre 20 e 45 anos (73,4%) e com nível fundamental (55,3%) de escolaridade.
Clique aqui e confira a tabela com os dados completos da Central por Estado, tipo de crime e violência.
Da ascom SPM

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