BRASIL - RN
Moradores de oito casas enfrentam o avanço das dunas
Nova Cidade
A chuva não precisa ser forte para uma enxurrada de água e areia invadirem a casa da ambulante Janecleide Silva, no alto do Morro, em Nova Cidade, zona Oeste da cidade. Com o madeiramento gasto, paredes rachadas, a família se vale de sacos de areia e pneus na porta dos fundos para evitar o pior. Na localidade, diversas casas estão com assoreamento comprometendo os alicerces, rachaduras e paredes soltas. Ali o número de construções comprometidas chegam a 20. Há três meses, a Defesa Civil alertou sobre o risco de desabamento da casa de Ângela Maria Basílio. Desempregada e com cinco filhos, com idades entre 4 e 13 anos, ela explica que não pode pagar aluguel com os bicos e o pouco mais de R$ 170 oriundos do Bolsa Família. “Preciso de uma casa”, afirma.
A casa de dois cômodos onde moram o carroceiro Orlando Silva, 67, e cinco pessoas, está com quase um metro do alicerce exposto. Ele é outro “alertado” pela Defesa Civil, que espera uma solução além do aviso.
Mãe Luiza
Esta é a localidade que apresenta mais construções em zona de risco, seja de desabamento ou soterramento pelas dunas. Além das 53 famílias que ocupam irregularmente a área de preservação ambiental do Parque das Dunas, identificadas em uma ação conjunta do Ministério Público, Procuradoria Geral do Estado e Idema, outras 20 foram apontadas pela Defesa Civil. As situações mais urgentes estão situadas nas Travessas Nona, Quarta e Segunda e na Rua Nova, que seccionam a avenida João XXIII. Sem muro de arrimo, o assoreamento preocupa a manicure Maria Elizabete Silva, 30, que reconhece o perigo da construção. Entretanto, a família não pensa em se mudar.
Parque das Dunas
O projeto de relocação do MPE, no primeiro momento irá retirar 19 famílias em condições mais graves. Os moradores terão até o dia 31 de maio para indicar imóveis, no valor de até R$ 20 mil, para a PGE comprar e iniciar a relocação.
Do Tribuna do Norte
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