Por Júnior Miranda
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Assistindo o Jornal da Band na noite de ontem (8), fiquei
indignado com a matéria veiculada no telejornal através do famoso
“Editorial” do Grupo Bandeirantes de Comunicação, dessa vez, sobre a
campanha publicitária desenvolvida pelo Ministério Público Federal
(MPF), chamada “Carne Legal”, que incentiva os brasileiros a não
consumirem carne bovina com procedência ilegal, como por exemplo, de
áreas de desmatamento na Amazônia, onde exista o emprego de trabalho
escravo, ou de empresas frigoríficas que praticam a lavagem de dinheiro.
É inacreditável que
a Rede Bandeirantes tenha essa cara de pau em menosprezar a campanha do
Ministério Público Federal contra o consumo de carne bovina proveniente
de área de desmatamento na Amazônia. Essa atitude é um desserviço a
nação brasileira.
Vocês devem acompanhar as minhas críticas
veementes contra o monopólio da Rede Globo aqui no blog, seja no
futebol, seja nas notícias, enfim, desse monopólio midiático
antidemocrático da Rede Globo. Porém, o comportamento ridículo da Rede
Bandeirantes também merece o total repúdio de todos nós cidadãos
brasileiros que querem a preservação da Floresta Amazônica, e dos outros
ecossistemas brasileiros, como a nossa já devastada Caatinga.
Quem merece a total
reprovação dos brasileiros e da mídia são os gananciosos fazendeiros
que desmatam a Amazônia e criam gado bovino sem qualquer tipo de
critério ambiental. Foi o que aconteceu com a Caatinga no Nordeste
Brasileiro, devastada desde a colonização do Brasil, e que hoje, em
determinadas áreas, está em processo acelerado de desertificação.
Juntando a esta
campanha inaceitável da Rede Bandeirantes contra o Ministério Público,
foi apresentado ontem (08/06) na Câmara dos Deputados, o relatório de
mudança do Código Florestal brasileiro proposto pela bancada ruralista, e
pasmem, apoiada pelo deputado Aldo Rebelo (PC do B), relator da
matéria. Mudança que na prática “perdoa”, resumindo o relatório, o
desmatamento na Amazônia, e em outras regiões do país, praticados por
proprietários de terras antes do ano de 2008.
É importante
salientar que não sou contra o desenvolvimento econômico da região
Amazônica e nem de outras regiões brasileiras, porém, não se pode, em
nome de um pseudo-desenvolvimento econômico da Amazônia, destruir uma
floresta que é patrimônio de todos nós, brasileiros e brasileiras.
A atitude do Grupo
Bandeirantes de Comunicação, que também é dono do canal de tv
agropecuário "Terra Viva", mas que quer uma "terra morta", envergonha o
Brasil. É lamentável que em pleno século XXI, com tanta tecnologia a ser
utilizada para produzir, plantar, etc., além do apelo mundial pela
preservação do meio ambiente, ainda tem gente que é contra campanhas de
conscientização ecológica dos cidadãos, ou que defende o retrocesso das
leis ambientais.
Meu repúdio a Rede Bandeirantes e ao
Deputado Aldo Rebelo.
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Assista o vídeo
produzido pelo MPF e conheça mais detalhes da campanha "Carne Legal"
clicando no link:
.
Do Blog do Júnior Miranda
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