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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Caso Bruno

Atualizado em, 16 de julho de 2010

 
Justiça de MG nega habeas corpus para Bruno e seis suspeitos de participação na morte de Eliza




O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) informou na noite desta quinta-feira (15) que foi negado o pedido de habeas corpus para o goleiro Bruno Souza e e mais seis suspeitos no caso do desaparecimento da ex-amante dele, Eliza Samudio. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, os pedidos foram distribuídos para a 4ª Câmara Criminal e foram analisados pelo desembargador Doorgal Andrade.
O habeas corpus, protocolado pelos advogados Ércio Quaresma Firpe e Claudineia Carla Calabund, se estenderia a Bruno, sua mulher, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, Elenilson Vitor da Silva, Wemerson de Souza (o Coxinha), Flavio Caetano de Araújo, Luiz Henrique Ferreira Romão (o Macarrão), e o primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales Camelo.
No pedido, a defesa citava o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluzo, para argumentar que: “A menos que seja absolutamente necessário, não se deve mandar um criminoso para a cadeia. A prisão não deve funcionar como uma satisfação dessa pulsão primitiva que o ser humano tem pela vingança”.
Os advogados defendiam o princípio da presunção da inocência. Segundo Quaresma, “no presente caso, salvo a necessidade de se torturar física e psicologicamente os suspeitos, nada mais justifica o encarceramento deles, em especial do ora paciente”. Segundo o defensor, Bruno é goleiro, um atleta disputado pelos clubes de mais alto nível, que está tendo prejudicada a carreira “em virtude da segregação de sua liberdade que não se mostra necessária".
Depoimento e quebra de sigilo
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, prestou novo depoimento nesta tarde à Polícia de Minas Gerais sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. Ele foi ouvido pelos delegados do caso, Edson Moreira e Alessandra Wilke, no Departamento de Investigações de Belo Horizonte, onde chegou por volta das 15h.
Também hoje, atendendo a um pedido da Polícia Civil, a juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana de BH, autorizou a quebra de sigilo telefônico de Bola, e mais quatro investigados no desaparecimento. A medida é referente também a Wemerson de Souza (o Coxinha), Flavio Caetano de Araújo, Elenilson Vitor da Silva e o menor J., primo de Bruno de 17 anos.
Revogação de prisão e buscas
No final da tarde de quarta-feira, a juíza Marixa Rodrigues recebeu o primeiro pedido de liberdade no caso do desaparecimento e suposta morte de Eliza. Foi apresentado pedido de revogação da prisão temporária de Sérgio Rosa Sales. Este pedido pode ser analisado ainda hoje.
Também ontem, após novos depoimentos, agentes da Polícia Civil passaram boa parte do dia na casa do ex-policial civil Marcos Bola, acusado de ser o executor de Eliza Samudio. A residência fica em Vespasiano (região metropolitana de Belo Horizonte).
Técnicos da Escola de Geologia da Universidade Federal de Minas Gerais ajudaram nas buscas e utilizaram um aparelho chamado “GPR” (radar de penetração), utilizado na construção civil para encontrar falhas no solo e em concreto. Ao final, foi recolhido material que será periciado pelo IC (Instituto de Criminalística). O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações de Minas Gerais, disse que a maior parte do material colhido era pedaços de concreto.
O delegado admitiu que as provas colhidas até o momento atestam a participação dos suspeitos no crime. Segundo ele, a “materialidade indireta é muito robusta”. Isso significa que provas e depoimentos serão as principais armas da acusação contra os suspeitos.
Ontem à noite, ao sair do departamento, ele deu a entender que novas buscas poderão ser feitas no dia de hoje em locais da região metropolitana de Belo Horizonte.
Do Uol

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