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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ahmadinejad diz que aprova troca de urânio do Irã no Brasil

INTERNACIONAL



Publicado em 05 de maio de 2010

  
Ministro Celso Amorim afirmou em abril que o país poderia analisar proposta; Lula é contra

Chris Hondros/03.05.2010/AFP 
Foto por Chris Hondros/03.05.2010/AFP
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, comparece a reunião na ONU, em Nova York; líder diz que apoia plano de troca de urânio no Brasil
O presidente do Irã, Mahmoud Ahamdinejad, anunciou nesta quarta-feira (5) que aprova um plano para troca de urânio em território brasileiro, respondendo a declarações do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, que no fim de abril disse que o país poderia analisar essa proposta. Entenda o enriquecimento de Urânio e seus perigos
A troca de urânio - o Irã entregaria seu combustível nuclear "pobre" para ser enriquecido fora do país - é uma proposta da ONU para tentar superar a desconfiança das potências ocidentais, que, lideradas pelos Estados Unidos, pedem novas sanções à República Islâmica, acusada de tentar produzir a bomba atômica sob a fachada de um programa nuclear civil. Teerã nega as acusações e diz que precisa do urânio enriquecido a 20% para seu reator médico.
As negociações sobre esse acordo foram interrompidas depois que o Irã insistiu em que os materiais deveriam ser trocados simultaneamente e dentro de suas fronteiras, condição rejeitada pelos países críticos.
Em abril, Amorim declarou durante visita a Teerã que o Brasil "poderia examinar" a possibilidade de ser sede da troca, caso existisse uma solicitação oficial.
De acordo com o site de Amhadinejad, o presidente iraniano conversou por telefone nesta terça-feira (4) com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sobre a proposta brasileira. "O essencial das conversações entre Ahmadinejad e Chávez foi a aprovação por parte do presidente iraniano das bases da proposta brasileira", destaca a página virtual, que não divulgou mais detalhes.
Antes de insistir nas condições da troca de combustível no Irã, Teerã havia manifestado que consideraria a possibilidade de que o intercâmbio acontecesse no Japão, no Brasil, na Turquia ou na ilha iraniana de Kish. O bloqueio das negociações fez com que Washington iniciasse gestões para aprovar uma quarta rodada de sanções na ONU contra a República Islâmica.
O Brasil, que é membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, defende o direito do Irã de ter um programa nuclear civil, apesar as desconfianças da maior parte da comunidade internacional.
Lula é contra troca de urânio no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no dia 28 de abril, durante encontro com Chávez, que o Brasil não trabalha com a hipótese de ser o depositário do urânio enriquecido pelo Irã.

- Trabalhamos com outras hipóteses e dependemos da disposição do Irã em fazer um acordo que pode mudar o comportamento do mundo em relação ao Irã.

Na ocasião, Lula reiterou a posição brasileira de que os iranianos têm o direito de a um programa nuclear com fins pacíficos. O presidente tem viagem marcada à República Islâmica parao dia 15 de maio.

- Vou ao Irã no próximo mês e espero que a gente possa convencer os iranianos a não dar um passo adiante e trabalhar com outros países para evitar sanções ao Irã.
Do R7

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