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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Camisas vermelhas aceitam plano de reconciliação do governo

INTERNACIONAL

Publicado em 05 de maio de 2010


Primeiro-ministro disse que vai convocar eleições gerais para o dia 14 de novembro
Jerry Lampen/04.05.2010/ReutersOs chefes dos camisas vermelhas, grupo político que há semanas protesta e pede a dissolução do governo da Tailândia, aceitaram o plano de reconciliação do primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, que inclui a convocação de eleições para o dia 14 de novembro. A decisão saiu de uma reunião dos líderes da frente antigovernamental nesta terça-feira (4). Jaran Dittapichai, um dos opositores à frente do movimento, explicou que pensa em apresentar ao governo "sugestões e ofertas", mas não detalhou o conteúdo da proposta. O líder também acrescentou que a retirada de seus seguidores do centro da capital, Bancoc, não será feita imediatamente.
O acampamento montado pelos camisas vermelhas no coração comercial de Bangcoc tinha nesta terça-feira o mesmo aspecto que em dias anteriores, com grupos de manifestantes espalhados por uma área de três quilômetros quadrados.
O ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto no levante de 2006, tinha recomendado aos camisas vermelhas aceitar a oferta de reconciliação. Em ligação telefônica efetuada do exterior durante a reunião mantida pelo Partido Puea Thai (dos Tailandeses), braço político da frente dos camisas vermelhas, Shinawatra assinalou que tinha chegado o momento de colocar fim aos protestos.
Os camisas vermelhas vêm em sua maioria das zonas rurais do norte e noroeste do país, redutos dos apoiadores do multimilionário Shinawatra, condenado a dois anos de prisão por corrupção em 2008.
Desde o início dos protestos, em 14 de março, 27 pessoas morreram e quase mil ficaram feridas em explosões de granadas e outros artefatos e em confrontos com soldados das forças de segurança.

A data para a realização de eleições anunciada pelo chefe do Executivo adianta em um mês a proposta feita em abril aos líderes dos camisas vermelhas. O acordo também inclui a reforma constitucional para tentar erradicar a injustiça nas estruturas econômica e política, mediante o compromisso do governo de fomentar o bem-estar com melhorias na educação e na saúde. Além disso, o governo se comprometeu a criar uma comissão independente encarregada de investigar as 27 mortes ocorridas nos enfrentamentos travados em 10 de abril entre os camisas vermelhas e os corpos de segurança em Bancoc.
Do R7

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