Lula defende acordo nuclear que Brasil e Turquia negociaram com o Irã
O presidente fez ainda críticas às maiores potências mundiais por discutirem novas medidas nas Nações Unidas contra o país de Mahmoud Ahmadinejad.
Poucas horas depois de chegar ao Brasil, no primeiro compromisso público, o presidente Lula criticou a reação das grandes potências que ainda querem aplicar sanções ao Irã. A proposta dos Estados Unidos, apoiada por França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha, foi apresentada ao Conselho de Segurança da ONU, no dia seguinte ao fechamento do acordo, negociado em Teerã. O acordo prevê que o Irã envie urânio levemente enriquecido para a Turquia e receba, no prazo de um ano, combustível nuclear que não pode ser usado para construir armas.
“É muito engraçado que algumas pessoas não gostaram que o Irã aceitasse uma proposta que anteriormente era um dos que não gostam agora. Porque tem gente que não sabe fazer política se não tiver um inimigo. E eu sou daqueles que só sei fazer política construindo amigos”, declarou o presidente Lula.
Lula também disse que o Irã decidiu negociar e que agora as potências mundiais devem fazer o mesmo.
“E houve um avanço extraordinário, vamos esperar agora o que vai acontecer. A verdade nua e crua é a seguinte: o Irã, que era vendido para todo mundo como se fosse o demônio e que não queria sentar, resolveu sentar na mesa de negociação”, disse.
Nesta quinta-feira, agências internacionais noticiaram o governo da Rússia, um dos países que tem poder de veto no Conselho de Segurança, afirmou que a negociação das sanções não deve interferir no diálogo por um novo acordo de troca de combustível no Irã. Mas de Teerã, o recado dado ao mundo foi outro: o vice-presidente do Parlamento iraniano Mohamad Bahonar disse que se as sanções forem aprovadas, o acordo firmado com Brasil e Turquia não será honrado.
G1
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