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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Garoto de 15 anos é morto em ponto de ônibus em Porto Alegre

Publicado em 13 de maio de 2010

PORTO ALEGRE

Um garoto de 15 anos foi morto com um tiro no peito, nesta terça-feira (11), perto de um ponto de ônibus em Porto Alegre. Segundo informações da Polícia Civil, a vítima sofria bullying, mas a investigação do caso ainda tenta estabelecer se há relação entre a prática discriminatória com o crime. Um jovem de 14 anos se apresentou aos policiais do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), nesta quarta-feira (12), e teria confessado o homicídio aos policiais.
O delegado Andrei Vivan disse ao G1 que a vítima tinha um porte físico grande, o que seria motivo de "piadas". "Em depoimento, o adolescente que se apresentou como autor do homicídio disse que nunca estudou com a vítima, mas disse também que tinha amigos em comum com o garoto assassinado e estas seriam as responsáveis pelas brincadeiras com a aparência da vítima. Ainda em depoimento, ele nos informou que era comum praticarem bullying com o garoto."
Segundo Vivan, o jovem assassinado costumava se defender do bullying com agressões físicas. "Um dos meninos agredidos era amigo do adolescente infrator, que se armou de um revólver para tirar satisfação e defender o amigo. Foi quando ocorreu a morte. Por isso ele vai responder por homicídio doloso [quando há intenção de matar], qualificado por motivo fútil."
O delegado informou que o bullying se origina no ambiente escolar, mas pode acontecer em outros locais. "Apesar disso, também se caracteriza como bullying as agressões cometidas fora da escola, em um grupo de amigos", disse Vivan.
O adolescente foi levado para a Vara da Infância e da Juventude de Porto Alegre, que deve providenciar a internação dele em uma unidade para jovens infratores na capital gaúcha.
A vítima estudava na Escola Municipal Antônio Giúdice, em Porto Alegre. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a mãe do jovem assassinado nunca teria atendido aos convites feitos para ir até a unidade de ensino acompanhar o desenvolvimento escolar do filho. Ainda de acordo com a secretaria, não há registros de queixa dos pais do estudante assassinado e nem do próprio aluno sobre a prática de bullying. O órgão também informou que nos dois últimos anos, nenhum aluno da instituição fez queixa de bullying para a direção.
O garoto assassinado foi velado e sepultado nesta quarta-feira, em um cemitério de Cachoeirinha (RS).
Do G1

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